
Terapia com células estaminais dos dentes? Células estaminais de dentes testadas num pequeno ensaio sobre a doença de Huntington
Um ensaio testou células estaminais de dentes humanos como possível tratamento para a DH. A abordagem pareceu segura, com algumas melhorias nos sintomas, mas a pequena dimensão do estudo e a ciência subjacente pouco clara desta abordagem exigem cautela.

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Um pequeno estudo do Brasil testou se as células estaminais da polpa dentária humana, o tecido mole no interior dos dentes, poderiam ajudar pessoas com doença de Huntington (DH). Os resultados apontam para pequenas melhorias em algumas medidas de movimento, mas o estudo teve poucos participantes que foram acompanhados durante um curto período de tempo, e permanecem muitas questões que levantam sinais de alerta.
O fascínio das células estaminais
As células estaminais há muito que captam a imaginação de cientistas e famílias afetadas por doenças neurodegenerativas. Estas células versáteis podem dividir-se e transformar-se em diferentes tipos de células, oferecendo a esperançosa possibilidade de repararem ou substituírem tecido cerebral danificado.
Os tratamentos com células estaminais têm sido bem-sucedidos para outras doenças, como lesões da espinal medula e doenças de imunodeficiência. Também estão a surgir como tratamentos para algumas doenças degenerativas, como a degenerescência macular, em que a visão é perdida porque as células da retina morrem.
Na DH, em que os neurónios morrem gradualmente ao longo de décadas, as células estaminais oferecem uma visão apelativa. Mas, até agora, não cumpriram essa promessa e nenhuma terapia baseada em células estaminais demonstrou abrandar ou parar a progressão da DH.
As células estaminais podem ser derivadas de uma variedade de fontes. As células estaminais embrionárias provêm de embriões (talvez sem surpresa). As células estaminais adultas são mais específicas do tecido e são encontradas no cérebro, na medula óssea ou no intestino. E as células estaminais pluripotentes podem ser criadas em laboratório a partir de células da pele ou do sangue.
O que é que os dentes têm a ver com a DH?
A nova reviravolta neste último estudo do Brasil é a origem das células estaminais. Os investigadores utilizaram células estaminais da polpa dentária humana, recolhidas do tecido mole no interior dos dentes, para criar uma terapia experimental chamada NestaCell. Pensa-se que estas células talvez apoiem os neurónios e reduzam a inflamação.

Poderão as células estaminais dos nossos dentes realmente ajudar a proteger o cérebro na DH? A equipa esperava responder a essa questão estudando infusões intravenosas de células estaminais.
O estudo em poucas palavras
Os investigadores, liderados pela Dr.ª Joyce Macedo Sanches Fernandes e colegas, realizaram um ensaio de Fase II aleatorizado, duplo-cego e controlado por placebo, o padrão ouro para testar uma nova terapia.
Pessoas com DH foram inscritas e aleatoriamente atribuídas a um de três grupos:
- Dose baixa: 1 milhão de células por quilograma de peso corporal, 13 participantes
- Dose alta: 2 milhões de células por quilograma de peso corporal, 12 participantes
- Placebo: uma infusão inativa, 7 participantes
Os participantes receberam nove infusões intravenosas ao longo de 11 meses. O principal resultado para determinar o sucesso do ensaio foi a Pontuação Total Motora (PTM) da Escala de Classificação Unificada da DH (ECUDH), uma medida dos problemas de movimento. Outras medidas incluíram a Capacidade Funcional Total (CFT) (competências da vida diária), a Pontuação Total da Coreia (movimentos involuntários) e exames de ressonância magnética para monitorizar as alterações na estrutura cerebral.
O que é que eles descobriram?
Seguro e bem tolerado
Primeiro, as boas notícias: NestaCell pareceu seguro. Não foram detetados efeitos secundários graves associados ao tratamento, e a taxa global de efeitos secundários ligeiros foi semelhante entre os grupos. Esse é um primeiro passo encorajador para qualquer nova terapia.
Indícios de benefício
Os investigadores também relataram algumas melhorias nos sintomas da DH. Ambos os grupos tratados apresentaram melhores pontuações na ECUDH-PTM (movimento) do que o placebo. O grupo com dose mais elevada também melhorou na capacidade funcional, sugerindo um possível benefício nas atividades da vida diária.
As ressonâncias magnéticas apontaram para uma perda mais lenta de tecido cerebral em pacientes tratados, embora estas diferenças não fossem estatisticamente significativas, o que significa que poderiam ser devidas ao acaso.
Portanto, o tratamento pareceu seguro, e alguns números moveram-se na direção certa. Isso é intrigante, mas não o suficiente para ter a certeza de um benefício clínico real.
Por que devemos ser cautelosos
Por mais tentador que seja ficar entusiasmado, existem várias grandes razões para encarar estes resultados com cautela.
1. Estudo pequeno e acompanhamento curto
Com apenas 32 pessoas que concluíram o ensaio que foram divididas entre três grupos, este foi um pequeno ensaio. Cada grupo incluiu aproximadamente uma dúzia de pessoas, pelo que alguns participantes a terem um desempenho invulgarmente bom (ou mau) poderiam alterar as médias.
E o estudo durou menos de um ano, quase certamente demasiado curto para saber se algum benefício persistiria numa doença que muda lentamente ao longo de décadas. É também um período de tempo limitado para medir efeitos negativos a longo prazo que possam surgir, como tumores, que são normalmente monitorizados em estudos com células estaminais.
Portanto, o tratamento pareceu seguro, e alguns números moveram-se na direção certa. Isso é intrigante, mas não o suficiente para ter a certeza de um benefício clínico real.
2. Sem mecanismo claro
Também não é claro como é que a injeção deste tipo de célula estaminal pode estar a ajudar. Os investigadores sugerem que estas células segregam fatores úteis que chegam ao cérebro, mas, na realidade, as células estaminais injetadas na corrente sanguínea são normalmente rapidamente filtradas. Não há provas sólidas de que estas células possam atravessar a barreira hematoencefálica ou influenciar diretamente os fatores específicos da DH. Por outras palavras, não há uma explicação biológica convincente para que isto funcione.
Os investigadores também mencionam descobertas do seu próprio trabalho pré-clínico em ratos de que estas células estaminais dentárias injetadas raramente chegam ao cérebro. As células vão primeiro para os pulmões antes de seguirem para o resto do corpo, com apenas cerca de 2% a acabar no cérebro. Além disso, os seus outros estudos parecem mostrar que as células não se “enxertam” a longo prazo, o que significa que não se fixam permanentemente nos ratos. Embora isto seja bom para evitar a criação de tumores (sempre uma grande preocupação para os estudos com células estaminais), também significa que podem não ficar por perto e desempenhar também funções positivas.

3. Melhorias seletivas
Apenas algumas medidas melhoraram, e não houve um padrão claro de dose-resposta (doses mais elevadas não levaram claramente a melhores resultados). A “tendência” da ressonância magnética não foi estatisticamente significativa. Quando alguns resultados mostram alterações, mas outros não, e quando os efeitos são pequenos, existe um risco real de que os benefícios aparentes se devam ao acaso em vez do próprio tratamento.
Células estaminais e DH: uma longa e acidentada estrada
As terapias com células estaminais para a DH têm sido estudadas durante décadas, desde transplantes de células fetais na década de 1990 até células estaminais mesenquimais derivadas da medula óssea mais recentemente. Apesar dos esforços repetidos, nenhuma abrandou ou reverteu de forma convincente a progressão da DH em ensaios controlados.
Porquê? Acontece que a complexa cablagem do cérebro é extremamente difícil de reconstruir. As células estaminais injetadas não se integram facilmente nas redes neuronais e simplesmente colocá-las no corpo, especialmente através da corrente sanguínea, não garante que cheguem ou reparem o cérebro. NestaCell acrescenta um novo capítulo interessante a esta história, mas não altera fundamentalmente os desafios subjacentes.
Outros grupos estão a explorar estratégias de reparação cerebral baseadas numa biologia mais clara. Trabalhos recentes sugerem que pode ser possível induzir o cérebro adulto a regenerar os neurónios específicos perdidos na DH, potencialmente restaurando a circuitaria em vez de apenas apoiá-la. Paralelamente, os cientistas estão a desenvolver técnicas para reprogramar as células de suporte gliais em neurónios novos e funcionais, oferecendo uma abordagem mais direcionada de “substituir o que foi perdido”. Estes esforços em fase inicial ainda estão longe da clínica, mas apontam para um futuro de terapias de regeneração que assentam numa ciência mais sólida.
Esperança, publicidade enganosa e ceticismo saudável
Os estudos com células estaminais geram frequentemente entusiasmo, e manchetes, porque a ideia de “regenerar” o cérebro é tão apelativa. Mas para a comunidade da DH, é crucial distinguir a esperança científica da publicidade enganosa prematura.
NestaCell acrescenta um novo capítulo interessante a esta história, mas não altera fundamentalmente os desafios subjacentes.
Embora os resultados deste estudo sejam interessantes, não fornecem provas fortes de que as células estaminais da polpa dentária possam alterar a progressão da DH. Serão necessários ensaios maiores, mais longos e realizados de forma independente antes que alguém possa afirmar que este é um tratamento real.
As famílias também devem ter cuidado com as clínicas de células estaminais não regulamentadas, que estão em funcionamento em todo o mundo e, por vezes, utilizam estudos académicos iniciais como este para anunciar terapias dispendiosas e não comprovadas. Até que os tratamentos sejam testados rigorosamente e aprovados pelos reguladores, devem ser considerados experimentais.
O que acontece a seguir?
Os autores sugerem que a NestaCell deve avançar para um ensaio de Fase III maior para confirmar a eficácia e a segurança num grupo maior de pacientes. Esse é um próximo passo ambicioso, e um que exigirá uma justificação cuidadosa, especialmente dada a falta de um mecanismo claro e a natureza modesta dos resultados.
Entretanto, a comunidade de investigação da DH pode encarar isto como uma tentativa criativa, ainda que pouco convencional, de explorar novas ideias. É uma recordação de que a ciência avança testando mesmo hipóteses improváveis, mas que provas fortes, e não ilusões, são o que impulsiona, em última análise, o progresso.
Resumo
- Células estaminais derivadas da polpa dentária humana (de dentes), administradas por infusão IV
- 32 pessoas com DH participaram num pequeno ensaio aleatorizado de Fase II para testar esta terapia
- O tratamento pareceu seguro e os resultados sugerem pequenas melhorias em algumas medidas para sinais e sintomas de DH, mas sem benefícios claros ou consistentes
- Este estudo contribui para a nossa compreensão das terapias com células estaminais na DH, mas este medicamento não está pronto para uso clínico, uma vez que os resultados são preliminares e biologicamente pouco claros
- São necessários estudos maiores e independentes antes que alguém considere as “células estaminais dos dentes” uma terapia real para a DH.
Aprende mais
Fernandes JMS et al. Stem Cell Research & Therapy (2025). “Ensaio de Fase II da terapia intravenosa com células estaminais da polpa dentária humana para a doença de Huntington: um estudo aleatorizado, duplo-cego e controlado por placebo.” https://doi.org/10.1186/s13287-025-04557-2
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